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Os oradores propuseram nacionalização dos recursos naturais, advertiram sobre as consequências da mudança climática e pediram atenção para a pobreza que aflige milhões de pessoas em todos os continentes.'Deixemos as justificativas e egoísmos de lado e busquemos soluções. Desta vez, todos, absolutamente todos, pagaremos a consequências da mudança climática', advertiu o presidente cubano, Raúl Castro, em discurso no qual culpou os países industrializados e o modelo neoliberal pelos males da sociedade moderna.
Castro ameaçou destruir os arsenais nucleares e promover o desarmamento das nações, porque, em sua opinião, às guerras pelo petróleo suscitadas no Oriente Médio 'se acrescentarão outras' no futuro pelo controle da água e 'outros recursos em vias de esgotamento'.
Os efeitos devastadores da mudança climática também foram destacados pelo primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, que defendeu que cada país estabeleça 'voluntariamente' seu próprio plano contra a mudança climática e divulgue suas metas. 'Acreditamos que a economia, a sociedade e a natureza estão vinculadas. Necessitamos um novo modelo de desenvolvimento que possibilite o bem-estar das sociedades sem grandes pressões sobre a natureza', manifestou.
Enquanto os líderes discursavam, centenas de índios de várias partes do mundo entregavam no Riocentro, sede das reuniões, um documento que reúne suas exigências sobre conservação da natureza, produto de uma semana de debates na aldeia construída a cerca de cinco quilômetros do local.
De natureza falou também o presidente do Equador, Rafael