Revolução Francesa - Edward Mcnall Burns
- PARTE 6 {A civilização ocidental moderna (1789-1914): Democracia, Nacionalismo, Industrialismo}
- CAPÍTULO 21 - “A revolução francesa 91789-1799) (p.589 - p.622)
“Esse período assistiu à agonia do sistema peculiar de governo e de estruturação social que se desenvolvera na época dos déspotas. Na Inglaterra tal sistema se achava praticamente abolido por volta de 1689, ossificando-se e corrompendo-se cada vez mais com o passar dos anos.”. Na França os últimos três Bourbons ordenaram-no, consolidaram-no e levaram-no às últimas consequências, fazendo com que o regime fosse odiado por uma crescente parcela educada da população. “Não estaremos muito errados se interpretarmos a Revolução Francesa como o clímax de um século de oposição que tomara corpo pouco a pouco, oposição ao absolutismo e à supremacia de uma aristocracia decadente”.
{(1) As causas da revolução francesa (p.590 - p.605)}
Há três causas principais: políticas, econômicas e intelectuais (que se entrelaçam e se influenciam, sendo quase indistintas na raiz):
[Causas Políticas] =>
(1-O governo despótico dos Bourbons) - Desde de 1614 os “Estados Gerais” não eram convocados, porém é importante perceber que, especialmente após o reinado do rei sol, Luís XIV, havia certa liberdade. Voltaire e Rousseau tiveram liberdade de escrever criticas ferrenhas ao governo sem maiores empecilhos (embora Voltaire tenha sido exilado na Inglaterra no início de sua carreira). Após Luís XIV, houve certo desinteresse político por parte dos governantes.
(2-O caráter ilógico e caótico do governo) - Havia a sobreposição de diversos órgãos, alguns oriundos da Idade Média e outros mais novos, assim havia conflito entre “repartições” que atrasavam qualquer processo burocrático. Havia muito suborno entre os oficiais e uma confusão entre patrimônio do Estado e patrimônio do rei. Havia o arrendamento do direito de cobrar impostos, o que