REVOLTA 1
A História do Maranhão no início da colonização é marcada pela dificuldade de acesso aos territórios do litoral pelas correntes marítimas e, no interior, a resistência dos ameríndios impedia esta entrada nos sertões. É de conhecimento geral as diversas tentativas de invasão pelos franceses e holandeses. Isto demonstra a importância desses territórios para os povos europeus que entravam em conflito por estes domínios. Mas, independente desses fatores, após a consolidação do domínio português, o Maranhão era considerado um local de extrema penúria. Aqui, por volta no século XVII se cultivava algodão, mas este era remetido ao Pará onde alcançava maior valor. O clima e o baixo valor dos fretes também impediam o crescimento da capitania do Maranhão. Em 1655, Padre Antônio Vieira voltou ao Maranhão com o “Diretório dos índios”, documento no qual os jesuítas eram responsáveis pela tutela dos ameríndios. Não devemos esquecer a influência que Vieira tinha na corte portuguesa – ele era o confessor do rei D. João IV. Mas, isso representava deter o direito sobre o gentio? Nesta época, os ameríndios eram a principal força de trabalho da região (eles extraíam as drogas do sertão) e os jesuítas,