Revisão de literatura Desperd´cios

1 Revisão da literatura
2.2 Desperdícios
Apresentando sucessivos recordes de safras, o setor agrícola destaca-se como uma das mais importantes âncoras da economia. Em contra partida, o Brasil tem sido consagrado como um campeão em perdas pós-colheita e desperdícios, especificamente no caso de hortaliças. (VILELA, N.J et al., 2003)
Estudos realizados constatam que no Brasil os níveis médios de perdas pós-colheita são de 35%, chegando a atingir até de 40%, chegando a 26 milhões de toneladas ao ano. E esses resíduos normalmente não são destinados ao consumo humano, muitas vezes é aproveitado para a produção de ração destinada a animais. (STORK. C.R. et al., 2013; VILELA, N.J et al., 2003; PESSOA. et al., 2013).
E pensando no consumo do dia a dia, temos um desperdício muito comum, na preparação de hortaliças removendo-se os talos e folhas. Esses que tem alto valor nutricional muitas vezes maior que a parte nobre do vegetal, como é o caso das folhas verdes da couve-flor que, mesmo sendo mais duras, contêm mais ferro que a couve manteiga e são muito mais nutritivas que a própria couve flor (SOUZA. et al., 2007). Cascas, talos e folhas são boas fontes de fibras e lipídios, tendo-se como exemplo as sementes de abóbora; talos de brócolis, de couve, de espinafre; cascas de banana, de laranja, de limão, de rabanete e folhas de brócolis. (ROCH. et al., 2007)
Esses resíduos orgânicos são perdidos pela população tanto pela desinformação da caracterização química dos vegetais quanto pelo desconhecimento em se controlar os fatores físicos e químicos que afetam a vida útil desses vegetais após colheita. Não se pode deixar também e citar a importância de aproveitar os alimentos na sua totalidade. A minimização de rejeitos orgânicos dispensados na natureza contribuiria de forma positiva para a conservação dos recursos naturais. Além disso, os alimentos são fontes importantíssimas de nutrientes como vitaminas e minerais que podem suprir carências ou complementar dietas