Resumo - O trote dos calouros como rito iniciático, por Riviére
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RESUMO PARA CULTURA E PODER NAS ORGANIZAÇÕESTexto 1: O trote dos calouros como rito iniciático, por Riviére.
- O rito de passagem só tem sentido se modifica um estatuto e se a passagem é irreversível: o que deixou de acontecer na nossa sociedade contemporânea que tem mobilidade frequente e estatuto transitório
- O RITO tem papel de identificação e intensificação; pode ser utilizado para se desligar do mundo profano e introduzir-se no sagrado, ex. jejuns.
- Para Bordieu, a fase mais importante é a da passagem porque marca e visibiliza um limite da descontinuidade;
FASES DO RITO DOS CALOUROS, por Van Generp: (muito redutiva, outros autores acrescentam)
1. Passagem regressiva da cultura para a natureza como corte das ligações ao lar
2. Vida marginal com experimentação do sofrimento e da obediência aos mais velhos
3. Saída triunfante do iniciado, integrado em um novo grupo do qual assume sua identidade
Nos RITOS DE PASSAGEM, os procedimentos de inversão, como o Carnaval, estão mais relacionados aos hábitos da vida cotidiana do que à organização social. Podem ter várias etapas.
1) PRÉ-LIMINAR - separação: há separação do mundo/estatuto anterior;
2) LIMINAR - marginalização: “já é e ainda não”, em que os atores ficam à parte, sem suas especificidades, sem nome ou passado, mas ainda não estão integrados;
3) PÓS-LIMINAR - agregação: reintegrado à estrutura e cobrado pelo conhecimento que deve ter
Ex. AGREGAÇÃO: nascimento – lavagens, lustrações, colocar um nome; SEPARAÇÃO: corte do cordão umbilical, reclusão da mãe e do bebê (também pode ser marginalidade)
PRINCÍPIOS CONSTANTES:
- Teatralização: repetição de acontecimentos do fundados
- Simbolização: provas corporais dolorosas, uniformidade dos calouros, penitência: leva a um despojamento
- Autorreferencialidade: utilização de coisas que não tem sentido se fora do rito. Nietzche: “Crueldade forja a memória”
- Reiteração identitária: é apenas quando alguém adquire o estatuto