Resumo-A INVENÇÃO TÉCNICA: TRANSINDIVIDUALIDADE E AGENCIAMENTO COLETIVO
No texto elaborado por Liliana da Escóssia, analisa a relação entre homem e a invenção técnica, na qual, esta invenção só é possível através da coletividade transindividual de seres constituintes de realidades pré-individuais existente entre a relação de coletividade do qual o sujeito participa. Sendo a coletividade transindividual tida como uma reunião de sujeitos que fazem parte espaço limite entre exterioridade e interioridade pessoal de cada ser e seu conjunto. Com base em pensadores como Gilbert Simondon, Gilles Deleuze e Félix Guatarri.
Neste artigo o objeto técnico é algo que o ser inventa e emprega um pouco da própria natureza humana, pré-individual. Estes objetos são portadores de sentido, mensageiros que emitem, transportam e veiculam informações, viva ou inerte, intrínseca na própria matéria ao invés de ser dada por algo exterior a ela. Ou seja, recebe um modo de existência original, uma dinâmica própria: uma forma de individualidade, mas a própria operação de invenção não pode ser pensada como uma operação intelectual do homem, como uma construção mental projetada fora de qualquer relação com um meio.
A temporalidade da técnica é pensada a partir de uma dinâmica ditada pela matéria e não por uma filiação monótona de um objeto a outro. Como no exemplo do sabre de aço e espada de ferro, de Deleuze e Guattari, que mostra diversas linhagens na medida em que cada uma apresenta variações singulares, espaço-temporais de diferentes ordens e as operações que lhes são associadas. Como também, as qualidades afetivas ou traços de expressão de diferentes níveis e operações, que determinam a relação do desejo com o elemento técnico. Esta invenção técnica, é justamente a unidade do homem com a natureza, processo através do qual o homem segue o fluxo da matéria e o faz produzir a partir de suas virtualidades, interferindo e favorecendo certas variações. Este processo é denominado