Resumo a casa (in) comodos (di) versos
A CASA (in)cômodos (di)versos, de Osmar Casagrande, é um livro de poemas, no sentido “latu” da palavra poema, ou seja, o poema destaca-se imediatamente pelo modo como se dispõe na página. Cada verso tem um ritmo específico e ocupa uma linha. O conjunto de versos forma uma estrofe e a rima pode surgir no interior dessa estrofe. A organização do poema em versos pode ser considerada o traço distintivo mais claro entre o poema e a prosa.
Distinção esta que é visível a olhos nus, Casagrande exercita com maestria o poema em prosa, colocando fim à discussão da existência de “gêneros puros” entre poema, poesia e prosa.
O que está mais visível ali é a presença do lirismo, essência da poesia, também em textos escritos em prosa. O chamado “poema em prosa” que, como o nome sugere, funde estas linguagens antes vistas como antagônicas. No livro, Casagrande, aos moldes de um Mário Quintana usa a prosa como forma de escrever uma poesia carregada de um lirismo sutil e encantador que fala principalmente sobre elementos da vida cotidiana.
E que na sua essência capta toda a temática dos escritores/poetas do modernismo e da contemporaneidade. A temática do cotidiano é corriqueira na poética de Osmar e apresenta-se como principal ponto de contato entre o poeta e o jornalista/arquiteto, profissionais da construção das palavras.
O autor retira do seu dia-a-dia os elementos e os temas para sua arte, ou seja como recurso textual, a elaboração de imagens estéticas fortes, com uma alta carga de lirismo, e a relação de proximidade entre narrador/autor e eu lírico.
Estruturalmente organizados em cômodos de uma casa e são “diversos” cômodos , o poeta estrutura sua obra, não como se fosse um poeta, mas sim um arquiteto. E eis, a Arquitetura poética de Osmar Casagrande.
O livro, ou A CASA, é dividido em seis partes, ou melhor em seis cômodos : A Sala, A Biblioteca, O Quarto, A Alcova, o Banheiro e a Cozinha. Para cada cômodo dA CASA, o poeta recheou-a de