resumo vences 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
LICENCIATURA EM FILOSOFIA
HISTÓRIA DA FILOSOFIA I
PROFESSOR VENCESLAU JALES
JONATHAS HENRIQUE N. RODRIGUES

Os “Naturalistas” ou filósofos da “physis”

FORTALEZA – CE
SETEMBRO/2013
REALE, Giovanni. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga v.1. São Paulo: Paulus, 2003. 17-37 p.

I. Os primeiros Jônios e a questão do “princípio” de todas as coisas
1. Tales de Mileto
A Tales, que viveu entre o século VII e VI a.C., é atribuído o começo da filosofia (da “physis”). Por ele foi introduzida a problemática do “princípio”, visto como a fonte, origem e sustentáculo de todas as coisas. Tales, segundo a tradição indireta, defendia a água como o princípio, dedução lógica feita a partir “da constatação de que a nutrição de todas as coisas é úmida”, sendo, logicamente, a secura completa associada à morte. Essas deduções caracterizam o viés naturalista de Tales.
2. Anaximandro de Mileto
Nascido no fim do século VII a.C., Anaximandro elaborou um tratado Sobre a Natureza – em prosa, para distanciar o logos da métrica do verso – e deu continuidade a filosofia da physis e a problemática do princípio. Axaximandro discorda da água como o princípio e sustenta que ela já é derivada de algo e que o princípio: é infinito e indefinido; engloba e abarca todas as coisas; gera e consiste em todas as coisas. Associando o princípio a Deus, recorrendo a um princípio dualista (“injustiça” e “justiça”, “pecado” e “expiação”, “frio” e “quente) a partir do qual pretende explicar como e por que do princípio derivam todas as coisas além da origem do cosmo. Esta problemática dualista de injustiça e expiação na doutrina cosmogônica de Anaximandro demonstra uma provável influência do orfismo.
3. Anaxímenes de Mileto
Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, viveu no século VI a.C. e escreveu, também em prosa, um tratado Sobre a Natureza. Anaxímenes concebe o princípio como infinito, assim como seu mestre, mas como “ar infinito”. Relacionando-o à alma