Resumo sobre Rafesstin
1152 palavras
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Universidade Federal do Rio de JaneiroDefesa e Gestão Estratégica Internacional
Geopolítica
Aluno: Ricardo H. Santos Melo.
Resumo: RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. Cap. 1
A) - Nascimento da geografia política. A geografia política descobriu, de Heródoto a Ratzel, uma infinidade de ancestrais, chamados a testemunhar a antigüidade do projeto político em geografia. A obra de Ratzel é um “momento epistemológico”, quer se trate de sua Antropogeografia ou de sua Geografia política. O quadro conceitual de Ratzel é muito amplo e tão naturalista quanto sociológico, mas seria errôneo condená-lo por ter “naturalizado” a geografia política. Pode-se considerar a segunda edição a obra-mestra que não somente orientou e influenciou a escola alemã, mas também, de diferentes maneiras, todas as outras escolas da geografia, propondo toda uma série de conceitos. Ratzel partiu da idéia de que existia uma estreita ligação entre o solo e o Estado. Trata-se de uma ilustração política daquilo que se chamou de determinismo. Ratzel viu muito bem o papel e a influência que poderiam desempenhar as representações geográficas, assim como as idéias religiosas e nacionais na evolução do Estado, mas sem dúvida, ele concentrou os seus esforços nos conceitos espaciais e, em particular, na posição, que é um dos conceitos fundamentais da geografia política. Quando consideramos mais de perto alguns dos conceitos utilizados por Ratzel, ficamos admirados com a sua modernidade, sua obra é muito abrangente, mas isso foi esquecido e redescoberto por vezes, sessenta anos mais tarde. Se levarmos em consideração apenas os quadros conceituais, descobre-se que o pensamento da geografia política atual flui, grosso modo, nos mesmos moldes que os de Ratzel. Com efeito, a geografia política de Ratzel é uma geografia do Estado, pois veicula e subentende uma concepção totalitária, a de um Estado todo-poderoso. A geopolítica, que na verdade é uma geografia do