Resumo sobre acidente com empilhamento
Atropelamentos não acontecem apenas nas ruas e avenidas. Em armazéns industriais onde se estocam grandes caixas com produtos esse tipo de acidente é relativamente comum com empilhadeiras, que são veículos pequenos, capazes de carregar e descarregar toneladas de produtos, e muitas vezes o operador dessa máquina precisa dirigir de ré, justamente porque os garfos que sustentam a carga estão na frente do veículo e encobrem a visão. A necessidade de percorrer as vias do armazém de ré causa muitos atropelamentos em grandes empresas, como constatou a Ambev, fabricante de cervejas e refrigerantes. Com 800 empilhadeiras espalhadas por fábricas e armazéns de todo o país, a empresa resolveu diminuir os acidentes, e para isso, foi em busca de uma solução inovadora por meio de uma parceria com o Centro de Inovação em Sistemas Logísticos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A primeira fase da pesquisa foi para buscar alternativas no mercado mundial. Porém todos os sistemas de segurança encontrados dependiam de baterias ou eram apenas avisos para o operador, não havia um sistema capaz de desabilitar algo diretamento no veículo. Foi desenvolvido, então, um sistema baseado na tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês) utilizada principalmente para identificar produtos e cargas, além de crachás e equipamentos para pedágio. São chamadas de etiquetas inteligentes ou tags porque parecem fitas plásticas que contêm um circuito eletrônico e se comunicam com uma antena ou receptor RFID. A onda de rádio emitida pelas antenas energiza o tag que devolve a informação de localização. O sistema desenvolvido desativa o acelerador da empilhadeira no momento em que uma pessoa estiver 8 metros à frente ou na traseira do veículo, ou ainda a 2 metros nas laterais. Assim o operador pode frear com antecedência. O sistema não atua no freio porque uma frenagem brusca pode até provocar um acidente maior ao