Resumo Ref
Na década de 90 em grande parte dos países da América Latina, como Argentina, Brasil, Chile e México ocorreu o início das reformas educacionais, essa implantação estava totalmente ligada à um processo do Banco Mundial para a concessão de empréstimos aos países já citados. Diante disso, dois documentos políticos tiveram grande importância por apresentarem orientações para essa reformulação da organização educacional: a Declaração mundial sobre educação para todos, de Jomtien (UNESCO, 1990) e a Declaração de Nova Delhi (UNESCO, 1993).
A Declaração mundial sobre educação para todos foi elaborada a Conferência Mundial de Educação Para Todos que aconteceu em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e foi sancionada por representantes de mais de cem países e Organizações Não Governamentais (ONG’s) que se comprometeram em cumprir a meta da Educação Primária Universal (EPU) para a população mundial no prazo de dez anos, ou seja, até o ano de 2000, defendia-se a ideia de que este nível de ensino seria suficiente para suprir às necessidades básicas de aprendizagem. Fica exposto em seu artigo 1º:
Cada pessoa - criança, jovem ou adulto - deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres humanos possam sobreviver, desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo.(UNESCO, 1990, p.1)
A Conferência de Jomtien representa um marco do novo papel que a educação passou a exercer, entrelaçando os países envolvidos com a lógica neoliberal.
Em 1993, na cidade