Resumo Rede de Intrigas
As mídias são tão promissoras em relação ao futuro, que a maioria das pessoas não reconhece a importância que elas tiveram no passado, e assim o presente pode ser visto como uma época de transição. Cada era foi, à sua maneira, uma era da informação, e os sistemas de comunicações sempre moldaram os acontecimentos. Ao responder o que são notícias, a maioria das pessoas responde de imediato que são aquilo que lemos nos jornais e ouvimos e assistimos na televisão ou no rádio. Porém, ao refletir um pouco mais, chegamos a conclusão de que são relatos sobre o que aconteceu, narrativas transmitidas por meios de comunicação. Poderia ser chamado de História da Comunicação o modo como as sociedades compreenderam os acontecimentos e transmitiram informações a respeito deles. Como as pessoas ficavam sabendo das notícias da Paris de aproximadamente 1750? Por jornais como temos hoje não era, pois o governo não permitia. As pessoas iam até a Árvore da Cracóvia, castanheiro alto que ficava no centro de Paris, nos jardins do Palais Royal. A árvore ganhou seu nome por causa das discussões a sua volta durante a Guerra de Sucessão Polonesa ( 1733-1735 ), mas seu nome também sugere a propagação de boatos (“craquer”, relatar histórias de verdades dúbias). Funcionava da seguinte forma: a árvore atraía os “nouvellistes de bouche”, que espalhavam as informações no boca-a-boca sobre acontecimentos recentes. Eles diziam saber o que se passava nos corredores do poder, de fontes privadas. E eram levados a sério, pois as pessoas que ocupavam o poder se preocupavam com o que era dito pelos parisienses. Era tão referência, que diplomatas estrangeiros enviavam agentes para saber notícias ou plantá-las ao pé da Cracóvia. Havia vários outros lugares como a Árvore da Cracóvia: bancos específicos nas Tuilleries e nos Jardins de Luxemburgo, esquinas informais no Quai des Augustins e na Point Neuf. Não satisfeitos com os boatos que rolavam pelas ruas, os parisienses