Resumo Para e Pra
ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPLINA: FONÉTICA E VARIAÇÃO
PROFESSOR: DERMEVAL DA HORA
ALUNOS: FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA CLÁUDIO BALDÍVIA TADEA MARIA DA SILVA
Comportamento Sociolinguístico da Preposição Para na Paraíba
Rubens Marques de Lucena Os autores das gramáticas tradicionais brasileiras não incluem em suas obras as formas não-padrão das preposições e, no caso do para, esta situação não é diferente. Apesar da existência de três formas variantes: (i) para, a forma padrão; (ii) pra, forma não-padrão e (iii) pa, forma inovadora, exclusiva da língua falada, apenas Faraco e Moura (1995) e Bechara (1994) registram as formas não-padrão.
O estudo em questão visa estabelecer parâmetros que expliquem o processo de escolha das variantes do para considerando os aspectos fonológicos, discursivos e sociais, checando, também, indícios de desaparecimento de algumas variantes do para no português falado e se a variação é própria da linguagem oral também.
Os dados para a pesquisa foram extraídos do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba (HORA, 1993), composto por registros de 60 informantes de João Pessoa. Destes, 34 foram tiveram seus registros utilizados (sendo 12 mulheres e 12 homens, divididos entre universitários e analfabetos. Eles também foram divididos por faixa etária, sendo 16 com idades entre 15 e 25 anos, 16 entre 26 e 49 anos e 16 com mais de 50 anos.
As formas não-padrão pra e pa resultam de dois processo de supressão. O primeiro processo resulta de um processo de síncope da vogal central /a/ resultando na queda de uma sílaba no caso pra e, no caso do segundo registro, o processo é de acomodação.
Dentre os trabalhos fonológicos que já abordaram a supressão de sentimentos, há o de Labov que estudou a