Resumo: ORTOGRAFIA: ENSINAR E APRENDER
Artur Gomes de Morais
Editora Ática – 2006
Discutir ortografia é enveredar por um espaço de controvérsia, pois enfoca um objeto marcado por preconceitos. Por um lado existem pessoas que dão à questão ortográfica um peso não só desproporcional, mas também distorcido. São professores e cidadãos com uma postura persecutória ante os alunos quando cometem erros ortográficos. Do outro lado, estão os educadores que, por defenderem um aprendizado e um uso da língua escrita mais úteis e significativos, enxergam na correção ortográfica um sinal de conservadorismo.
Este livro justificará que ambas as posturas parecem equivocadas. É preciso mudar a forma como se enxerga a ortografia. A preocupação do autor é sobretudo didática, é buscar contribuir para a inovação do ensino e aprendizado da norma ortográfica.
Numa perspectiva de ensino construtivista, as decisões relativas aos encaminhamentos didáticos pressupõem que o professor tenha saberes de diferentes naturezas. A tarefa de ensinar sempre exigirá um saber pedagógico mais amplo – que envolve conhecimentos sobre o currículo, a instituição escolar etc. – e saberes bem específicos sobre os conteúdos curriculares. O professor precisa aprofundar continuamente os saberes que tem a respeito do objeto ou tema a ser ensinado (Como está estruturado? Que elementos ou partes o compõem? Que relações existem entre esses elementos?) e sobre o modo como o aprendiz concebe, progressivamente, esse objeto a ser ensinado (Que hipóteses o aluno formula sobre ele? Que dificuldades ele deverá superar?).
Parte I – APRENDER ORTOGRAFIA
Capítulo 1 - Ortografia: o que é? Para que serve? Por que ensiná-la?
Quando o tema é ortografia, muitos professores têm dúvidas como: “ É importante ensinar ortografia?”, “Devo corrigir os textos espontâneos de meus alunos?”, “Devo considerar os erros na hora de avaliar os alunos?”, “Como ensinar sem recorrer aos exercícios tradicionais?”.
A proposta do autor não é