Resumo livro chocolate
Lansquenet-Sous-Tannes é uma cidadezinha no interior da França, igualzinha a qualquer outra cidadezinha do interior de qualquer outro país cristão. O mon père (curé ou padre) é a engrenagem que mantém o hábito religioso de meia dúzia de carolas e de uma população conservadora, de ombros curvados, oprimidos pelas suas obrigações espirituais.
Em contrapartida, existem os forasteiros, os ciganos e os excluídos. Vianne Rochet e sua filha Anouk são forasteiras. Chegam à cidade com o vento do carnaval e ali ficam para fundar a chocolaterie La Praline. Logo de partida, padre Reynaud – homem austero que guarda em seu passado um grande segredo – considera-as a encarnação da heresia, tentações para seu rebanho com seus chocolates e suas maneiras seculares. Dessa antipatia mútua entre Reynaud e Vianne surge brigade anti-chocolat do padre, porquanto Rochet sente-se ainda mais motivada a ficar e encontrar seu espaço na vila.
De fato, Vianne, sua filha e seus chocolates atuam como um sopro de mudança em Lansquenet. Na La Praline os moradores encontram além de chocolates um complemento para suas vidas duras e cinzentas. Personagens secundários, como Josephine Muscat, Michel Roux, Guillaume Duplessis e Armande Voizin, são todos tocados pela presença arrebatadora de Vianne, e fazem da La Praline uma espécie de consultório psicológico.
Chocolate é a prova que um bom romance não precisa de estórias megalomaníacas ou dramas arrebatadores. Contemplativa, intimista e mística, a britânica Joanne Harris tem na