Resumo KELLER, Evelyn Fox. Qual foi o impacto do feminismo na ciência. cadernos pagu, v. 27, n. 27, p. 13-34, 2006.
O feminismo na ciência também descrito pela autora em analogia a biologia. Antigamente, e o espermatozoide era descrito como “ativo”, “vigoroso” e “auto impelido”, o que lhe permitia “atravessar a capa do óvulo” e “penetrar” o óvulo, ao qual “entregava seus genes” e onde “ativava o programa de desenvolvimento” enquanto o ovulo era descrito como "passivo", pois apenas o espermatozoide praticava alguma ação. Só recentemente esse quadro mudou, de fato, as mais recentes pesquisas sobre o tema enfatizam rotineiramente a atividade do óvulo na produção de proteínas ou moléculas necessárias à aderência e penetração.
Algumas mudanças foram introduzidas pelas próprias cientistas. Isto é, a entrada de mulheres na ciência em grande número tornou possível que uma percepção “feminina” do mundo encontrasse lugar na ciência.
Já se foram os dias em que se poderia esperar que as necessidades e objetivos das mulheres e das feministas se combinassem naturalmente. A grande força da pesquisa feminista durante a última década foi o aprofundamento de sua compreensão do que posso chamar de “situacionalidade” do gênero. Para as mulheres que trabalharam em Biologia do Desenvolvimento nas últimas décadas, algumas dessas oportunidades surgiram do movimento social que chamamos de feminismo da segunda onda, outras de diferentes mudanças políticas,