Resumo Guerra de Canudos
O conflito de Canudos foi um acontecimento muito ligado a religiosidade. Muitos habitantes do sertão brasileiro viviam em condições precárias e de miséria na época em que a economia voltar-se-ava para o plantio do café. O descaso dos governantes e o clima de grande seca que prejudicava o solo e trazia escassez de água contribuía para o sofrimento gradual do povo nordestino.
A região de Canudos, na Bahia, sofria o mesmo problema. A esperança dos habitantes em constante sofrimento e contato com a morte foi reacendida pelo beato Antônio Conselheiro, um andarilho que se dizia enviado de Deus para salvar aquele povo e lutar contra a república. Conselheiro dizia que a implantação da república era a prova de que o fim estava próximo. A separação entre Estado e Igreja, o casamento civil e os altos impostos cobrados de pessoas tão humildes era a confirmação que associou uma imagem demonizada à República.
Antônio Conselheiro conseguiu muitos seguidores e com eles fundou um pequeno povoado, o qual deu o nome Belo Monte. Em pouco tempo esse povoado cresceu e prosperou , chegando a atingir densidade populacional de aproximadamente 25 mil pessoas. As comunidades e fazendas próximas começaram a sentir-se ameaçadas pela prosperidade e independência do povoado que crescia cada vez mais.
O ponto crucial que acabou por declarar guerra ao governo foi o não pagamento dos impostos e a pregação de uma doutrina que rejeitava o Governo do Brasil. As forças políticas encararam Belo Monte como povoado anarquista e de alta periculosidade e ameaça a República do Brasil. Nesse ponto, foram iniciadas expedições para reprimir Belo Monte.
O primeiro combate entre as forças de Belo Monte e o país foi