Resumo Fundamentos Éticos do Serviço Social
Introdução
Há cerca de duas décadas, o debate da ética começa a se inserir na sociedade, ultrapassando os limites da filosofia. Na cotidianidade, a ética passa a ser tratada como orientadora de princípios moralizadores, apresentando-se como uma alternativa conservadora.
Passa-se a compreendê-la longe do seu sentido crítico, objetivo, universal, proposto pelos representantes da filosofia moderna (Aristoteles, Kant e Hegel); sendo compreendida através do irracionalismo e na manutenção dos preconceitos já estabelecidos e contribuindo para a ocultação da realidade, a naturalização do presente e na negação da capacidade humana de intervir na história.
Assim, a moralização da vida social passa a ser um dos vieses de enfrentamento da questão social.
A burguesia funda sua ética a partir do princípio liberal de liberdade individual.
É importante situar as bases éticas da vida social e do SeSo para superar a ordem burguesa. Nesta, a ética é limitada, mas pode se expressar e objetivar em ações singulares de cunho moral, mais ou menos livres e conscientes; assim como pode, enquanto mediação, transfigurar a passagem da necessidade individual para o sentido humano-genérico.
1. Os fundamentos ontológicos e sociais da ética
A autora busca compreender a ética a partir da constituição histórica do ser social, através do recurso teórico-metodológico marxista.
Ela parte do trabalho, como gênese da base ontológica da vida social, e toma a ética como práxis para observar como o ser humano se constrói e vai se distinguindo do seu ser biológico para o social. É a partir deste complexo, que o ser humano desenvolve sua consciência, através da teleologia também.
Com a consciência, os sujeitos escolhem o que é certo e errado, pois cada ação tem uma dimensão de