Resumo filme quem matou o carro elétrico
Nos anos 90, os veículos movidos a energia elétrica, ainda experimentais, mas já com relativa aceitação, foram expurgados do mercado para desprezo da maioria das pessoas e o inconformismo militante de uns poucos
Na década seguinte, em outro nível de discussão e bem longe da atenção do grande público, outro homicídio era cometido. Dessa vez no sólido universo da indústria automobilística norte-americana. Os veículos movidos à energia elétrica, ainda experimentais, mas já com relativa aceitação, estavam sendo expurgados do mercado, para o desprezo da maioria das pessoas e o inconformismo militante de uns poucos. Esse é o tema do instigante documentário Quem matou o carro elétrico?, dirigido por Chris Paine e lançado por uma produtora com o apropriado nome de Electric Entertainment.
Digo carro elétrico moderno porque o documentário, após uma hilariante tomada inicial, onde vemos cenas reais de um enterro simbólico do veículo, apresenta um breve panorama histórico desse conceito, informando-nos que há um século havia mais carros elétricos do quea gasolina. O primeiro "assassinato" do carro elétrico deu-se nos anos 1920, com a nascente linha de produção dos veículos com motor, lembrando-se, inclusive, que a General Motors (GM) adquiriu o sistema de bondes elétricos da Califórnia apenas para desativá-lo e, assim, estimular o uso de veículosa gasolina.
A retomada do conceito deu-se em meados da década de 1990, também por pioneirismo da GM que fabricou o EV1, seguida pela Ford (Think e Ranger), Honda (EV Plus), e Toyota (RAV4). Todos esses modelos eram vendidos apenas através de leasing, custando entre 250 e 600 dólares mensais. No início da década atual, entretanto, todas as montadoras resolveram retirá-los de circulação e, por força do mesmo sistema de leasing, exigiram que os consumidores os devolvessem. Os carros reapropriados foram levados para áreas desérticas - como o centro de testes da GM localizado no Arizona - e impiedosamente