O filme conta, satiricamente, parte da história da monarquia portuguesa, e a elevação do Brasil, de colônia do império ultramarino português, a reino unido com Portugal. Também faz referências a monarquia espanhola. A morte do rei de Portugal D. José I de Bragança, em 1777, e a declaração de insanidade da filha herdeira do precedente, a rainha D. Maria I, em 1792, levam seu filho, o então príncipe D. João de Bragança e sua esposa, a infanta espanhola Carlota Joaquina de Bourbon, ao trono real português. Em 1807, para escapar das tropas napoleônicas que invadiam Portugal, a corte portuguesa e o casal transfere-se às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real e grande parte da nobreza portuguesa vive exilada por 13 anos. Na colônia aumentam os desentendimentos entre a arrogante Carlota Joaquina e o intelectualmente limitadíssimo D. João VI, que após a morte da mãe, D. Maria I, deixa de ser príncipe-regente e torna-se rei de Portugal e, posteriormente, rei do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves. A transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808, insere-se no contexto de desagregação do Antigo Regime europeu. Para o Brasil a chegada de D. João VI agravou a crise do Antigo Sistema Colonial, que vinha se estendendo desde as revoltas de emancipação como a Inconfidência Mineira em 1789. Ao determinar a abertura dos portos brasileiros para outras nações em 1808, D. João VI tomava a primeira medida formal em direção a independência política do Brasil, eliminando-se o monopólio metropolitano, base do pacto colonial e portanto, da própria colonização. O filme nos mostra a consolidação do Estado, sua independência e o que passou na época. Mostra a lenta evolução da França e que mesmo assim se desenvolveu já o Brasil depois de 500 anos dado como independente ainda está em