Resumo do texto Apontamentos sobre a formação histórica da Amazônia: uma abordagem continental
Por: Andreza Lima
De acordo com as considerações de Kelerson Costa (2009), há um entrave de opiniões entre os estudiosos da Região Amazônica, quanto aos aspectos que a constituem. De um lado, a literatura luso-brasileira defende que a Amazônia foi construída a partir da chegada dos colonizadores, por outro lado, há os que defendem que esse ponto de vista é equivocado, levando-se em consideração o fato de que já existiam na região populações de menor escala, dotadas de línguas e tradições próprias e que habitavam esse espaço muito antes da chegada dos europeus.
O autor acima citado defende esse segundo ponto de vista propondo que a Amazônia deve ser vista, analisada e entendida, a partir de uma ótica que englobe a diversidade geográfica e histórica, incluindo os processos de colonização e os efeitos posteriores deste para a sociedade atual.
Costa (2009) também se coloca contra a ideia de que a colonização da Amazônia se deu em “espaços vazios”, pois haviam diversas etnias indígenas na região que, ao interagirem com os europeus, criaram uma identidade1 diferenciada. Há, entretanto, outro argumento relevante exposto pelo autor, de que os Carmelitas2 e outros grupos religiosos foram de fundamental importância nesse período, tanto para questões relacionadas ao comércio, quanto para o desbravamento geográfico, até então, desconhecido dos europeus. Assim, os caminhos3 percorridos, possibilitaram aos portugueses, o posterior domínio do território.
Tendo esses argumentos como base, é possível iniciar uma análise da Amazônia como um todo, no entanto, há também que se levar em conta a percepção do autor, de que a chegada dos europeus serviu para reformular as condições, inclusive ambientais, dessa região, e esse contexto, ele expõe ao