resumo do livro
Kant e a negação individualismo
Imanuel Kant é considerado o último grande filosofo da modernidade. Sua preocupação filosófica é vasta e possui como temas centrais os problemas em torno do conhecimento, de nossa capacidade de julgar e da forma adequada de agir.
Preocupado particularmente com o individualismo que reina no campo moral, ele constrói uma filosofia que sustenta a tese da existência de uma lei objetiva no interior dessa esfera.
Segundo Kant, a postura subjetivista incomoda, pois ela pode conduzir ao individualismo e ao excessivo egoísmo. A pessoa passa a pensar somente em si e usa os outros para chegar ao seu objetivo, não se importando se irá, de alguma maneira, feri-los.
Desta forma, toda filosofia dita racional deve segundo a Kant, procurar apresentar uma alternativa ao subjetivismo, não somente no campo ético, mas também no âmbito do conhecimento. Através da filosofia crítica ele procura estabelecer as condições e os limites do conhecimento. Só podemos conhecer aquilo que está no alcance de nossa experiência. Algo que está também fora do alcance do conhecimento. Porém, ao interpretar essa afirmação, deve se ter cuidado, pois dizer que algo está fora dos limites do conhecimento não significa afirmar que esta algo não exista.
Kant está admitindo que dispensando a experiência, não conhecerem as coisas alguma.
Ele aprofunda a postura iluminista quanto a teoria do conhecimento, estabelecendo uma importante distinção entre fenômeno e coisa em si. Denomina fenômeno tudo aquilo que conhecemos mediante a experiência e chama de coisa em si as coisas sobre as quais podemos pensar, mas que estão fora da esfera do conhecimento. Em virtude da constituição de nossa razão, jamais conhecemos as coisas tal como elas são em si, mas somente como aparecem para o sujeito. Sendo assim, devemos, de acordo com Kant, trilhar o caminho já aberto pela ciência.
Sobre a explicação da ciência para as relações dos seres humanos, Kant vai