Resumo do capítulo I do livro “Jornalismo e Desinformação” de Leão Serva: O “pecado original” do procedimento jornalístico
O objetivo do autor neste livro é mostrar que mesmo com a grande quantidade de veículos de informação existentes nos dias atuais, tais como: jornais, revistas, televisão, rádio e internet, o jornalismo ainda falha em proporcionar o total entendimento e levar a informação para o público de forma ampla e correta, fazendo com que cada vez mais as pessoas estejam mal-informadas e desinformadas sobre os assuntos do cotidiano. Segundo ele, as informações que recebemos são sempre apresentadas como "novidade", ignorando o contexto histórico que envolve e antecede a notícia. Para afirmar isso, Leão Serva usa como exemplo, detalhando, a sua experiência como correspondente de guerra na ex-Iugoslávia em 1992, pelo jornal Folha de S.Paulo. O autor narra o conflito entre sérvios, croatas e muçulmanos, causada por uma combinação de fatores políticos e religiosos. E ressalta a forma rápida como esses povos trocavam de posições, ora vítimas, ora, agressores. Também conta sobre as diversas formas de violência entre esses povos: a grande número de casos de estupros contra mulheres e meninas, o fascínio por arrancar os olhos dos inimigos, a "limpeza étnica" e campos de concentração (estes dois últimos fazendo uma alusão ao regime nazista sobre os judeus). No entanto, como é apresentado na página 16 do livro: "Não se trata de um estudo sobre religião e seus conflitos, mas de uma pesquisa sobre pecados que o jornalismo comete há séculos e que continua cometendo nesta era de meios digitais". Entre as narrativa dos fatos há notícias publicadas em jornais simultâneos à guerra, a fim de expor a forma como eram retratados os acontecimentos, ou seja, mostrando apenas a ponta do iceberg. Serva escreve na página 44: "os fatos, embora separados no tempo cronológico, fazem parte de uma