Resumo do Capítulo 3 do livro: "Sociedade Brasileira: uma história"
Joaquim Motta B. Machado 2004
Rio de Janeiro, 10/04/2013
O Ocaso do império (capítulo 03)
3.1 O REPUBLICANISMO
A Guerra do Paraguai marcou o apogeu e o declínio do Segundo Reinado. A Monarquia encontrou dificuldades em manter a estabilidade que a caracterizara, afinal, a Guerra do Paraguai trouxe a tona uma série de tensões e fragilidades do Estado Brasileiro.
Mesmo com a vitória, a imagem do Império saiu abalada. Muitos pareciam aguardar tão somente a morte do Imperador para efetivar a alteração do regime. A natural herdeira, a Princesa Isabel, não causava o entusiasmo político satisfatório.
Para além da sucessão imperial, uma série de outras questões que atuaram determinantemente na desestruturação do regime precisa ser analisada. A fundação do Partido Republicano, trazia uma opção política muito menos monótona.
O Republicanismo cresceu no Sudeste paralelamente ao desenvolvimento da economia cafeeira e à formação de uma elite agrária.
A Monarquia passou a ser identificada com o atraso material. Para a burguesia cafeeira do Oeste Paulista, questões como imigração, créditos agrícolas e construção de ferrovias eram mais importantes que os interesses eruditos do Imperador. Enquanto Dom Pedro II viajava pelo mundo, as críticas as regime cresciam.
O Golpe de 1868 marcou o começo de uma série de crises na política imperial. Uma ala expressiva dos liberais fundou o Centro Liberal, caracterizado pela postura crítica em relação a Monaquia. Daí sairiam, um pouco mais tarde, os principais formadores do Partido Republicano.
Anunciava-se que apenas a República tornaria o Brasil legitimamente americano e, consequentemente, mais integrado ao continente. No conjunto do Brasil, o Partido Republicano tinha um peso diminuto, e poucos de seus representantes conseguiram ser eleitos em órgãos legislativos.
Reuniões foram organizadas onde a cúpula da elite cafeeira construía seu caminho para