Resumo Ditadura Militar , NETTO 2007
Segundo Netto (2007), a ditadura militar no Brasil em 1964 estava inserida em um contexto norte-americano, para alteração da divisão do trabalho capitalista internacional. Após a renúncia do Presidente Jânio Quadros em 1961, seu vice-presidente João Goulart assume o governo brasileiro. Contudo, o atual presidente da república baseava-se em ideias populistas, pois atendia alguns interesses da classe trabalhadora, como reforma agrária e manter esta classe organizada. Expropriar terras improdutivas fora uma ameaça para o capital e insatisfação dos grandes empresários e industrias. Com o argumento de que uma revolução socialista estaria próxima e causaria danos a sociedade, a autocracia sob o hegemonismo norte-americano patrocinam uma contrarrevolução preventiva. No entanto, o Brasil por conta de sua construção histórica (colonialismo e imperialismo) e o desenvolvimento econômico subalterno, permitiu que o golpe militar se consolidasse. No dia 31 de março de 1964 o Presidente João Goulart é deposto e no dia seguinte, dia 01 de abril deste mesmo ano as forças armadas tomam o poder. O golpe militar está inserido em um contexto global, possuindo suas finalidades de desenvolver o capital ao padrão de monopólios, pois o Brasil precisava estar adequado ao capital internacional; imobilizar grupos que possuíam a intenção de desenvolver o país, pois o desenvolvimento deveria acontecer, porém na condição subalterna, e por fim, dinamizar tendências para evitar revoluções, catalisando direções revolucionárias socialistas. SÍNTESE
No período da autocracia burguesa (1964-1967), observou-se a exclusão das forças populares no direcionamento da vida social, este momento foi marcado pela afirmação de um padrão do desenvolvimento econômico, associado subalternamente aos interesses estrangeiros e assim tornando-se crescente arrocho salarial e do endividamento externo.
O Estado que se constrói depois do golpe de abril expressa uma reorganização