Resumo de fichamento - social
• Por outro lado, é também impossível se concluir por uma linearidade na história da Psicologia, já que a diversidade teórica que se instalou neste campo de conhecimento, quase que simultaneamente, não permite falar de evolução de uma para outra teoria, mas de oscilações entre uma e outra teoria, em consonância com a sua base epistemológica e com as circunstâncias sócio-culturais dos países nos quais emergiram. Isto significa que as teorias psicológicas produzidas não estão fundadas nos mesmos pressupostos, o que faz com que cada uma delas tenha seguido o seu próprio curso de desenvolvimento. Daí, alguns autores se referirem, em função da persistência desta diversidade e apesar do surgimento de esforços de unificação, não a uma história da Psicologia, mas às várias histórias da Psicologia.
O que esta introdução pretende, portanto, é mostrar que a Psicologia, a exemplo do que ocorreu com as demais ciências, teve como berço os conhecimentos filosóficos que buscavam, ao longo dos séculos, explicar os fenómenos do universo e a própria natureza humana. Essas explicações deram origem aos principais eixos epïstemológicos que embasam, uns mais outros menos, as várias teorias psicológicas da atualidade.
Os primórdios da construção do conhecimento sobre o psiquismo humano datam de época tão remota que coincidem com as primeiras manifestações do homem em tentar compreender o meio circundante, meio definido pelas coordenadas de espaço e tempo.
O homem primitivo, por não possuir noções naturalistas acerca dos acontecimentos de seu meio e de si próprio, atribuía às forças superiores e externas o controle e a dinâmica dos eventos. Da mesma maneira que interpretava os acontecimentos do meio ambiente sob uma perspectiva