Resumo de Biofisica_Med_UFRN

2500 palavras 10 páginas
Resumos das aulas do professor Antônio Carlos Spinelli
Biofísica Cardiovascular

AULA 1: POTENCIAIS BIOELÉTRICOS

Distribuição assimétrica dos íons Na+ e K+  geração de um potencial de repouso  polarização celular
Apenas as células excitáveis têm a capacidade de gerar alteração nesse potencial de repouso/polaridade e, normalmente, em todas as células do organismo, há gasto energético para se mantar a polaridade de repouso.
No caso das células do coração, essa polaridade celular atinge valores de – 85 mV.


Despolarização: canais controlados por comportas: fechados durante o período de repouso e abertos para permitir que ocorra uma despolarização (inversão da polaridade), com entrada de íons Na+ na célula e consequente mudança da polaridade para cerca de +10 ou +20 mV.

O eletrocardiograma, nesse contexto, surge como uma medida dos potenciais bioelétricos do meio extracelular, pois o ECG mede a passagem das células do potencial de repouso para o potencial invertido (processo de despolarização celular).


Repolarização: saída de íons K+ da célula passivamente (o K+ tem maior permeabilidade transmembrana, pois seu raio hidratado é menor do que o raio hidratado do íon Na+)  retorno à polaridade de repouso da célula

Depois do restabelecimento do potencial de repouso da célula, há a ação da bomba de
Na+/K+ para restaurar a condição fisiológica original das células.


Diferenças entre células de resposta rápida e células de resposta lenta:

As células do tecido nodal (nodo sino-atrial e nodo átrio-ventricular) são células naturalmente mais próximas do limiar de despolarização (seu potencial de repouso se situa, então, em torno de -70 a -65 mV), e dependem da entrada de Ca2+ (ao invés da entrada de Na+) para a ocorrência da despolarização. O íon cálcio, por sua vez, tem um influxo mais lento e menor do que o íon sódio, e isso explica a curvatura menos inclinada da despolarização nesse tipo de célula cardíaca. Além disso, essas

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