Resumo da introdução do livro-tempos liquidos
A insegurança é o assunto principal de Tempos Líquidos. Para o autor, as cidades atualmente são verdadeiros campos de batalha, onde poderes globais se chocam com identidades locais, abandonados pela desintegração da solidariedade social. E como resultado desse encontro são produzidos a violência e a insegurança generalizadas.
O autor aponta cinco pontos de partida para refletirmos acerca de algumas mudanças que estão intimamente interconectadas e que criam um ambiente novo e sem precedentes para as atividades da vida individual, que levantam desafios inéditos as pessoas no presente.
Em primeiro lugar, a passagem da fase “sólida” da modernidade para a “líquida”, onde as organizações sociais não podem mais manter a sua forma por muito tempo. Portanto, as formas de organização social se tornam obsoletas com facilidade, e assim, não são referências para a realização de um “projeto de vida” individual.
Em segundo, “a separação e o iminente divórcio entre o poder e a política, a dupla da qual se esperava que compartilhasse as fundações do Estado-nação. Desta forma, o poder de agir efetivamente, se afasta na direção de um espaço global. O que incapacita a operar efetivamente na direção planetária, já que permanece local.
A insegurança existencial que media o livro Tempos Líquidos é originada pela desregulamentação e pelo enfraquecimento das relações humanas, na tentativa de buscar esclarecimento através da liberdade.
Este também é um efeito da atualidade, que sinaliza com a liberdade de escolha, a qual a massa desprovida de recursos não tem acesso, causando uma tensão entre os que podem desfrutar desta liberdade e os estranhos das grandes metrópoles. Esta tensão gera a incerteza e aumenta os riscos da vida individual.
Em terceiro, a retração gradual da segurança comunal. A sociedade é cada vez mais vista e tratada como uma “rede” em vez de uma “estrutura”: ela é percebida e encarada como uma matriz de conexões e desconexões aleatórias e de um volume