Resumo Andre Gunder Frank

422 palavras 2 páginas
Em meados dos anos 60, Gunder Frank liderou a corrente mais radical da nascente "Teoria da Dependência", em oposição ao desenvolvimentismo que mantinham então Raúl Prebish, Aldo Ferrer, Celso Furtado e outros. Sob a influência da revolução cubana e do debate chinês-soviético daquela época se uniu aos mais jovens e radicais teóricos latino-americanos da dependência econômica: Fernando Henrique Cardoso, Theotonio dos Santos, Ruy Mauro Marini e Vânia Bambirra.
A sociedade mundial tem desenvolvido uma dinâmica centro-periferia, na qual os países subdesenvolvidos têm sido condenados ao papel de provedores de matérias primas. Esse foi sempre o papel de América Latina, e esse papel é o que tem bloqueado seu desenvolvimento. A burguesia latino-americana, devido à forma na qual tem crescido e se sustentado, é a primeira interessada na manutenção de relações de dependência com a metrópole.
A partir dos anos 80 Gunder Frank se uniu à corrente historicista dos World Systems (também assumiu um papel de liderança na sua ala mais radical) criada por Immanuel Wallerstein, que propunha uma visão unificada do sistema econômico mundial que funciona como sistema único, no mínimo, há vinte e cinco séculos. Nesse sistema a economia chinesa teve sempre um papel central até que a revolução industrial do século XVIII deslocou o centro para a Europa. O sistema mundial funcionaria em uma espécie de ciclos.
André Gunder Frank, explica: "embora a teoria da dependência esteja morta, na realidade está viva, porque não há como substituí-la por uma teoria ou ideologia que negue a dependência; seria necessário substituí-la por uma teoria que fosse além dos limites da teoria da dependência, incorporando esta, juntamente com a dependência em si, numa análise global da acumulação."
A sua crítica do capitalismo global e o apoio aos movimentos antissistémicos espalharam a fama no mundo académico e tornaram os intelectuais ligados a essa abordagem em arautos do movimento anti-globalização e da crítica

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