Resumo "60 anos de Bretton Woods"
A conferência de Bretton Woods visou estabelecer regras comuns de comportamento para os países que participavam da mesma de modo que eles pudessem atingir níveis de prosperidade econômica sustentados. Para tanto, buscou a criação de instituições e regras formais no sentido de superar limitações existentes no sistema monetário internacional sob a égide do padrão ouro e do sistema de desvalorização cambial competitiva.
As discussões doutrinárias que precederam Bretton Woods opuseram Estados Unidos e Inglaterra, White e Keynes, que discordavam em relação ao que deveria ser feito para evitar que após a Segunda Guerra o mundo voltasse a ser assolado pelas mazelas da Grande Depressão.
Os Estados Unidos tinham medo que houvesse a volta ao câmbio livre e das desvalorizações competitivas, instauradas com o fim do padrão ouro, pois isso poderia comprometer o comércio internacional, a sua competitividade e a sua expansão econômica e a Inglaterra temia a volta ao padrão ouro, que impediria a realização da política de pleno emprego.
John Maynard Keynes era contra a restauração do padrão ouro, pelo fato de que ele era responsável por gerar restrição à liquidez, e a consequente alta das taxas de juros, que não só desencadearia tal elevação em diversos países, como também prejudicaria o investimento e a atividade econômica. Além disso, Keynes apontava para a existência de ajustes assimétricos, que eram os ajustes que recaiam sobre os países que cresciam a taxas maiores que dos outros, e geralmente por isso, se tornavam deficitários. Muitas vezes isso provocou a redução a renda ou a tarifação das importações para que o balanço de pagamentos se equilibrasse. Com isso, defende a criação de mecanismos e instituições que possibilitassem os ajustes do balanço de pagamentos passarem a ser responsabilidade de todos os países e não apenas dos deficitários e que pudesse reduzir as restrições à liquidez. Para tanto,