Resposta

Na obra Do Contrato Social de Jean-Jaques Rousseau, Rousseau apresenta sua principal questão da vida política. Tendo como principal preocupação, já exposta na primeira frase do primeiro capítulo: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado. Rousseau apresenta sua noção de contrato social, muito diferente das de Hobbes e Locke, vistas nos textos passados. Para Rousseau o homem é naturalmente bom, a culpa da modificação” dele, seria a sociedade. O contrato social para Rousseau é um acordo entre indivíduos, para se criar uma sociedade e então se criar um Estado, o contrato é um pacto de associação e não de submissão. A primeira forma de sociedade seria então, a que mais se aproxima de uma sociedade “natura”l, ou seja, a família. Por ser a mais próxima de uma forma natural de sociedade, onde o pai é representado pelo chefe e os filhos pelo povo. Mas o direito do pai acaba, a partir que o filho atinge a idade da razão e torna-se senhor de si.A família serve então como primeiro modelo de sociedade política. Esse exemplo de sociedade familiar e sociedade política se dá pelo fato principalmente do pai se ligar ao filho por amor e o chefe por prazer em mandar. Em Rousseau ceder à força constitui ato de necessidade, não de vontade; quando muito, ato de prudência, ou seja, força é diferente de Direito, porque pode se impor, mas não obrigar. Nenhum homem abre mão de sua liberdade em prol de outro, muito menos um povo a um individuo. A escravidão então não tem sentido, porque para Rousseau o homem depende da liberdade, a liberdade é a condição necessária da condição humana. Por isso ele afirma: renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres.
Conclui-se que em Rousseau a submissão de um povo a um rei, só provém a partir de um de contrato de associação, vale ressaltar que no estado de natureza os homens não estão associados. A constituição do povo depende do Pacto Social, onde