Resolucoes_proteticas_para_implantes_mal_posicionados
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101. INTRODUÇÃO
A utilização de implantes osseointegráveis como alternativa no tratamento de reabilitação oral nos pacientes desdentados parciais ou totais vem crescendo amplamente nas últimas décadas. Isto se deve a alta previsibilidade dos implantes que chega a 88% em maxila e 93% em mandíbula (O Roark, 1997) e aos resultados satisfatórios obtidos em relação à função e estética.
Dentre os vários fatores determinantes para o sucesso da reabilitação com implantes osseointegráveis, um dos mais importantes é a biomecânica. Skalak (198
3) afirmou que um aspecto crítico que afeta o sucesso ou insucesso dos implantes é a maneira que a tensão mecânica é transferida do implante para osso.
Bidez e Misch (1992) observaram que a longevidade dos implantes são determinados em grande parte pelo fator biomecânico. Eles afirmaram que a oclusão serve como importante determinante no direcionamento das cargas, pois a pressão exercida sobre os implantes pode ser controlada se levar em consideração a influência do desenho do implante, tipo de cirurgia e da prótese.
Na técnica convencional de instalação de implantes, busca-se posicionar o implante de forma que a carga funcional aplicada possa ser transmitida de forma axial no eixo longitudinal do mesmo. A técnica onde é planejada a instalação de implantes inclinados surgiu como uma adaptação da técnica convencional e poucos trabalhos na literatura abordam o efeito da inclinação destes implantes (FERREIRA et al., 2005). Os implantes podem também ficar inclinados devido a erro de posicionamento no momento da instalação, geralmente por deficiência no planejamento prévio da cirurgia.
O mau posicionamento dos implantes osseointegrados, seja em relação a angulação ou profundidade, geralmente causa grande dificuldade para o clínico na realização das futuras reabilitações protéticas, necessitando de maior cuidado no desenho da prótese e para obtenção de passividade dos componentes protéticos.
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