Resgate histórico da saúde no brasil
A saúde no Brasil sofreu as influências de todo contexto político-social pelo qual o país passou ao longo do tempo. No período colonial, praticamente não existiu, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população e nem mesmo o interesse, por parte do governo em criá-lo. Era baseada em ervas e plantas.
Com a chegada da família real portuguesa, e as necessidades da corte forçaram a organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade. Em 1808, Dom João VI criou as duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até a República.
O tipo de organização do império era de um regime de governo unitário e centralizador, incapaz de dar continuidade e eficiência as demandas da saúde pública.
A carência de profissionais médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme, para se ter uma idéia, no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. (SALLES, 1971).
A partir dos anos de 1930, com o processo de industrialização, uma resultante do poder de luta, de organização e de reivindicações por parte da classe trabalhadora o governo deu início às políticas sociais.
DESENVOLVIMENTO
Com a criação das CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões), em 24 de janeiro de 1923, aprovada pelo Congresso Nacional, chamada de Lei Eloy Chaves, deu-se o marco inicial da Previdência Social na garantia dos direitos sociais. Essas CAPs garantiam aos trabalhadores aposentadoria e pensões, serviços funerários, médicos, medicamentos por preço especial e pensão para seus herdeiros em caso de morte, eram benefícios destinados apenas aos trabalhadores urbanos e sua família. A primeira CAP foi dos trabalhadores ferroviários. A criação das CAPs, deve ser entendida, assim, no contexto das reivindicações operárias no início do século,