resenhas criticas
Este trabalho vem nos mostrar que a educação de jovens e adultos é um campo de práticas e reflexão que inevitavelmente transborda os limites da escolarização em sentido estrito. Primeiramente porque abarca processos formativos diversos, onde podem ser incluídas iniciativas visando a qualificação profissional, o desenvolvimento comunitário, a formação política e um sem número de questões culturais pautadas em outros espaços que não o escolar. Além disso, mesmo quando se focalizam os processos de escolarização de jovens e adultos, o cânone da escola regular, com seus tempos e espaços rigidamente delimitados, imediatamente se apresenta como problemático.
Trata-se, de fato, de um campo pedagógico fronteiriço que bem poderia ser aproveitado como terreno fértil para a inovação prática e teórica.
Quando se adotam concepções mais restritivas sobre o fenômeno educativo entretanto, o lugar da educação de jovens e adultos pode ser entendido como marginal ou secundário, sem maior interesse do ponto de vista da formulação política e da reflexão pedagógica . Quando, pelo contrário, a abordagem do fenômeno educativo é ampla e sistêmica, educação de jovens e adultos é necessariamente considerada como parte integrante da história da educação em nosso país.
Historicamente, durante muitos anos, a Educação de Jovens e Adultos não se chamava assim. Ela já se chamou madureza, suplência, supletivo, alfabetização entre outros nomes. Por não representar um direito, este ensino nem sempre foi assumido por profissionais do ensino. Era muitas vezes atendido por pessoas de boa vontade, voluntários ou mesmo por docentes que aplicavam sobre adultos os mesmos métodos que trabalhavam com crianças e adolescentes.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não quis deixar este campo em aberto. Ela exige que seus professores, além de serem competentes como quaisquer outros profissionais do ensino, devem saber que eles não são crianças nem adolescentes. Devemos