resenha O TABU DO CORPO Capitulo III
O NOJO DO CORPO
OU A MAGIA SEM MAGOS
Fazer a leitura do livro O TABU DO CORPO em seu terceiro capítulo, nos leva a refletir no homem em sociedade objetivando compreender o significado particular da relação que aqui mantém com seus próprios corpos e com os alheios. O nojo do corpo é, sem dúvida, não só o pensar sobre as sociedades e as culturas humanas e como o corpo nelas se situa e por elas é situado, considerando-se as diferentes conceituações do que uma e outra podem querer dizer ou já disseram, mas também apreender modos e maneiras de se auto conhecer. Algumas vezes, nos deparamos com algo que deveríamos achar “nojento”, porém não achamos, isso devido a sentidos inconscientes como: cultura, crenças, rituais e forma como cada um foi criado, lembrando sempre que existe além dos modelos comuns impostos pela sociedade, a particularidade de cada indivíduo.Isso mostra que existem modelos comuns de pensamento sobre o nojo impostos na sociedade, fazendo com que indivíduos considerem nojentas as coisas até então desconhecidas por ele. Segundo o autor, não é nova a ideia da relação entre o corpo e a sociedade. Entretanto, a colocação exata do problema vem tomando forma em estágios relativamente recentes do conhecimento social. Com o passar dos anos adquiriu-se um maior interesse na problemática da vida social, a evolução em todas a áreas exige uma formação de indivíduos pensantes e participativos. O tema, para o autor, tem como problema e desafio a relação entre a natureza biológica e a natureza social do homem. O foco de sua preocupação, todavia, ao enfrentar tal problema e desafio é de mostrar como a dimensão social é a que se apropria desse corpo de modo que a presunção de uma "fisiologia cada vez mais fisiológica", assim como o de uma "anatomia cada vez mais anatômica" se torna, para o homem moderno, diante do cientificismo hegemônico, uma espécie de naturalização do que, na realidade, é