resenha a partir do livro - A Pesquisa em História,
AUTORAS: MARIA DO PILAR ARAÚJO VIEIRA MARIA DO ROSÁRIO DA CUNHA PEIXOTO
YARA MARIA AUN KHOURY.
EDITORA: ÁTICA, SÃO PAULO 1989
Todo homem cria sua história através de lutas, angústias, alegrias, medo, revoltas, etc. Sendo assim, o homem segue em constante movimento e sua história o acompanha, segue ao lado do indivíduo em sua trajetória. Desse modo a história de cada individuo quando amplificada se torna a história de sua sociedade contemporânea. Da mesma maneira em que o homem e as sociedades seguem em frente a História os acompanha, o que a faz da História uma ciência em constante construção, uma ciência em constante movimento, a qual não se obtém verdades absolutas. Pode-se dizer que a história deve reproduzir a complexidade contida nas relações sociais.
A História Positivista, presa aquele velho conceito de recuperação, interpretação e reprodução de documentos, não era capaz de reproduzir tal complexidade. Uma história rígida, estática, presa a fatos e marcos, se mantinha paralisada, não sendo capaz de acompanhar o dinamismo contido nas sociedades. De fato, no positivismo, a história contida nos documentos parece mais importante do que a história do próprio homem.
Com a chegada do positivismo o documento ultrapassa o campo jurídico, ganhando status científico. A única habilidade do historiador consistia em tirar dos documentos o máximo de informação possível. Toda essa valorização ao documento excluía a noção de intencionalidade contida no historiador. O historiador se ausentava de qualquer de qualquer tipo de discussão, pois o documento falaria por si só.
Dessa forma outros tipos de registros históricos como: cerâmicas, moedas, fragmentos de tecidos, utensílios, armas, detritos humanos e etc. Eram agregados paralelamente à História através de estudos como: arqueologia, paleografia, numismática e etc.
Foi somente com a chegada da Escola dos Annales que os métodos de estudar e conceber a