Resenha – a cidade e as formas do comércio
Silvana Maria Pintaudi é graduada, mestre e doutora em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade São Paulo. É professora assistente doutora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Campus Rio Claro. Coordena o Núcleo de Estudos sobre Comércio e Consumo. É membro do Grupo de Estudos Urbanos (GEU) e pesquisadora do Grupo de Estudos sobre São Paulo (GESP/USP). É bolsista de produtividade do CNPq. Na sua produção destacam-se os seguintes temas: Comércio, Consumo, Espaço Urbano, Cidade, Políticas Públicas, Gestão Democrática da Cidade.
Neste capítulo, que faz parte da obra “Novos caminhos da Geografia”, a autora fala um pouco sobre a desindustrialização das cidades, mostrando que é um ciclo que já se repetiu quando as cidades eram impregnadas pelas atividades do campo e posteriormente com a industrialização, transformando a cidade num lugar de concentração dessas atividades fabris. Apesar da saída das indústrias das metrópoles, ela não foi para muito longe, sempre estando diretamente ligada a esses centros, pois são parte do modo de vida urbano, levando a afirmação que o comércio e a cidade são elementos indissociáveis.
Sob a perspectiva de que as formas comerciais são também formas sociais, é levantado o exemplo da cidade de São Paulo, levando em consideração o seu crescimento e a velocidade com que ela cresceu, mostrando um gráfico que mostra a evolução da área municipal entre alguns anos. Podemos destacar que de 1960 a 1980 houve um grande crescimento populacional na área municipal, que pulou de 3,7 milhões para quase 8,5 milhões de pessoas. É citado alguns fatores também como a posição estratégica da cidade quanto a distribuição e escoamento para todo o país, além de ter sido o locus do processo de industrialização no país, financiado pelas lavouras de café de