Resenha - a arte de contruir competências
Revista Nova Escola on line – Fala, mestre! Entrevista com Philippe Perrenoud – A arte de construir competências.
Philippe Perrenoud é um sociólogo suíço, doutor em sociologia e antropologia, professor da Faculdade de psicologia e de ciências da educação da universidade de genebra e diretor do laboratório de pesquisas sobre a inovação na formação e na educação. Ele é também referência essencial para os educadores em virtude de suas idéias pioneiras sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos.
Para Philippe Perrenoud, competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para solucionar com eficácia uma série de situações. Algumas competências se desenvolvem em grande parte na escola e saber orientar-se em uma cidade desconhecida e saber curar uma criança doente são exemplos banais de competência. Para ele quando a escola se preocupa em formar competências, em geral dá prioridade a recursos e que durante a escolaridade básica aprende-se a ler, a escrever, a contar, a raciocinar, etc. Mas a escola não tem a preocupação de ligar esses recursos a certas situações da vida. A abordagem por competências é uma maneira de levar a sério uma problemática antiga, que é a de transferir conhecimentos. Perrenoud fez um exercício para identificar as competências fundamentais para autonomia das pessoas e chegou a oito grandes categorias, entre elas: saber identificar, avaliar e valorizar suas possibilidades, direitos, limites e necessidades; saber cooperar; agir em sinergia; saber gerenciar e superar conflitos, etc. Para desenvolver competências é preciso trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos. Antes de ter competências técnicas, o professor deveria ser capaz de identificar e de valorizar suas próprias competências, dentro de sua profissão e de outras práticas sociais. Isso exige um trabalho sobre sua própria relação com o