Resenha sobre a teoria dramatúrgica e a atribuição de rótulos
Sociologia aplicada à Psicologia
Resenha sobre a teoria dramatúrgica e a atribuição de rótulos
A análise dramatúrgica presente no capítulo 5 do livro Connections: Understanding Social Relationships (The Iowa University Press, 1981, 256 páginas) do escritor Harry Cohen trata a vida como um drama onde as pessoas desempenham papéis com scripts apropriados para cada cena e cenário.
Na encenação existem regiões do palco e do bastidor, Cohen afirma que há comportamentos que são apropriados somente atrás das cortinas, como uma discussão entre um casal antes da chegada dos convidados para um jantar.
Os vários papeis que desempenhamos, as falas e nossas condutas refletem no resultado do show, ou seja, na consequência do ato e, a reação da plateia está sujeita a percepção e ao seu próprio entendimento do show.
Quando um show não funciona, o teatrólogo reescreve o roteiro. Assim propõe o autor, para que os outros escrevam, produzam e dirijam seus próprios roteiros, reafirmando seu papel como dramaturgo de sua própria vida.
O capítulo 6 do mesmo livro aborda a visão de que as relações sociais e os seus despontamentos estão intimamente ligados com os rótulos que são atribuídos aos participantes da relação.
Segundo o autor, o rótulo que é colado em uma pessoa tende a se consumar, independente da sua correspondência com a realidade, e tendo em vista a gravidade e as consequências que esse rótulo pode causar, ele preocupa-se em afirmar essa ideia trazendo vários exemplos de situações onde ocorre a realização da profecia.
O capítulo é construído de tal forma que pode ser visto como um manual para que as inter-relações tornem-se relações de equilíbrio, revelando que existem no ser humano potencialidades para o bem e para o mal, e ao provocar o bem é esperado que o recebesse em troca, mas deve estar, além disso, preparado para o mal ocasional.
Enfim, é feita uma comparação em que o ser humano seria como um jardim em que se devem plantar