Resenha - Relação entre Douglass North, Paulo Prado e Darcy Ribeiro

Resenha - Relação entre Douglass North, Paulo Prado e Darcy Ribeiro
O texto "Nem mito nem verdade", faz um breve relato da visão que Stefan Zweig tinha do Brasil e do futuro do país. Para Zweig, o Brasil era uma "salada étnica" e o brasileiro tolerante com as diferenças, principalmente as raciais, com tendências à solução pacífica dos conflitos internos e externos e espírito de conciliação. Tais características, tornavam o Brasil, o país do futuro. A visão otimista de Zweig, se assemelha com a visão de Darcy Ribeiro, a qual diz que o processo de formação do povo brasileiro se fez na confluências entre as culturas de diversas etnias (destacando-se os índios, africanos e portugueses), as quais tinham valores distintos e acabaram por gerar uma cultura heterogênea e diversa.
Oposta a essa visão otimista, está a de Paulo Prado, que define o brasileiro como um povo triste, que herdou de seus colonizadores a preguiça, luxúria, e a cobiça, as quais culminariam na degeneração dos indivíduos e fazem com que o brasileiro desde sua origem creia em "soluções mágicas" de que as coisas irão melhorar, que a sociedade irá progredir por si só, sem a necessidade de esforço dos agentes para que isso ocorra. Isso se reflete na formação e no estabelecimento da matriz institucional do país, a qual é um reflexo das crenças e valores que formam a sociedade. Para Paulo Prado, o comodismo e a preguiça, dominaram a sociedade brasileira desde a sua origem, resultados de uma miscigenação equivocada de raças.
O pessimismo de Prado, dialoga com a teoria de North, na medida em que descreve o desenvolvimento das instituições do Brasil como algo não sólido e nem sustentável, uma matriz institucional que se iniciou de uma maneira ruim. São essas instituições responsáveis pelo desenvolvimento do capitalismo e do povo brasileiro, são elas que diferenciam as sociedades ricas e desenvolvidas, das pobres e subdesenvolvidas e no caso do Brasil, elas são fracas e com baixa credibilidade.
Para José