Resenha Preconceito Linguistico Cap 6
Resumo
Ressalta-se muito no texto a forma da escrita e da fala. Não há regras na pronúncia que reprovem o modo em que a pessoa pronuncia certa palavra, seja "Côlégio" ou até mesmo "CUlégio". Alguns livros de português, até mesmo professores, esbarram na definição de certas coisas. Como por exemplo, a escrita, pois ela não é uma fala, é uma representação da fala, uma tentativa da língua fala. Ou seja, não existe nenhuma ortografia em nenhuma língua que consiga reproduzir a fala fielmente. Um exemplo que afirma que essa afirmação é verídica, é quando escrevemos certas palavras mas não sabemos o tom que ela realmente exerce. De certa forma, quando escrevemos "horror", por exemplo, conseguimos pronunciar de varias maneiras e formas diferentes, mas na escrita é impossível conseguir isso. Até então, que autores teatrais indicam entre parênteses, a sensação, emoção ou sentimento que o ator deve expressar a fala dada. Em um dos livros de Monteiro Lobato, o personagem do Sítio do Pica-pau Amarelo, Quindim, persistiu para que seus "alunos" não confundissem letra e som. Em um trecho mais detalhado:
"_Som Oral quer dizer som produzido pela boca. A, E, I, O, U são Sons Orais, como dizem os senhores gramáticos.
— Pois diga logo que são letras! — gritou Emília.
— Mas não são letras! — protestou o rinoceronte. — Quando você diz A ou O, você está produzindo um som, não está escrevendo uma letra. Letras são sinaizinhos que os homens usam para representar esses sons. Primeiro há os Sons Orais; depois é que aparecem as letras, para marcar esses sons orais. Entendeu?" As lições de Quindim precisam ser lembradas, pois ainda existe essa confusão entre letra e fonema. Na verdade, não existe uma regra cravada e fiel de pronúncia, a língua portuguesa e as demais línguas, não conseguem de nenhuma forma, uma representação geral da língua, e dizer que isso não é verdade, é um grande preconceito.