Resenha Plano de Melhoramentos de Porto Alegre 1914
João Moreira Maciel tinha consciência de que não era possível aplicas todas as idéias do plano pela falta de recursos do município, o que dificultava certos melhoramentos, até porque a disposição topográfica da cidade exigiria profundos investimentos para embelezamento.
Seu Plano pretendia cortar grandes quadras existentes, encurtando distâncias, a fim de tornar o transito mais rápido. Ele projetou parques ajardinados (como os dois atrás do Mercado), pequenos jardins diante do Correio e Delegacia Fiscal, e ao lado da Alfândega e Mesa de Rendas. Pretendia aumentar o atual parque da Praça Martins de Lima, modificar o Campo da Redenção, sem grandes obras que encareceriam o projeto, e ainda assim deixou espaço para futuros embelezamentos como obras de arte, fontes e grutas.
Günter Werner não estava satisfeito com o Plano de Melhoramentos, ele dizia que a maioria das propostas já estavam concretizadas, e que “as partes mais substanciais do plano não foram realizadas”. Segundo ele, a grande inovação do Plano de Melhoramentos foi a proposta de abertura da Av. Borges de Medeiros e da Av. Otávio Rocha, mas que ambas já existiam antes do Plano.
Na visão de Günter, “Moreira Maciel deitou-se em cama que já estava feita”, pois grande parte das propostas já estavam prontas, e muitas de suas propostas de reordenamento do sistema viário foram abandonadas.
Ele acreditava que o plano trouxe conseqüências muito mais negativas do que positivas.
Célia Ferraz de Souza faz um retrocesso de como a cidade chegou ao ponto de precisar do Plano de Melhoramentos.
O capitalismo tomou conta das cidades, e contrastava com o modelo da cidade velha, com becos, suja, de ruas estreitas e população crescente.
Célia conta que como o governo se baseava nas idéias positivistas do