Resenha Minha Amada Imortal
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE ARTES
CURSO LICENCIATURA EM MÚSICA
TÍTULO – Minha Amada Imortal (Immortal Beloved)
Bernard Rose “o chamavam de hostil, insensível, empedermido...”, porém “a música falou pela surdez...”
Sofia de Sousa Amoedo
Com o titulo original Immortal Beloved, Minha Amada Imortal é de direção de Bernard Rose, com a participação de Gary Oldman, Isabella Rossellini, Jeroen Krabbe, ano de produção 1994, do gênero Comédia Dramática estreiou no Brasil em 06 de janeiro de 1994.
A comedia dramática, inicia-se pelo fim. Morre em Viena, 1827. Ludwig Von Beethoven (Gary Oldman) e seu grande amigo, Anton Felix Schindler (Jeroen Krabbé), com a intenção de fazer cumprir o último desejo de seu amigo que, em testamento deixa tudo para a sua “Amada Imortal”, inicia uma jornada em busca da “Amada Imortal” que acaba por revelar um universo, ate então desconhecido de Beethoven.
Percebe-se a ênfase no caráter narrativo, onde o amigo fiel, Anton, assume todo o processo de desvendar a história da vida deste inigualável compositor, que “a vida castigou duramente e por isso apegou-se a sua arte”, parte da narrativa de Anton durante o funeral do amigo. Esse caráter narrativo também é evidenciado pela narrativa circular, onde o filme se inicia pelo funeral de Beethoven e a partir dai embarca em um cenário de enigmas e grandes emoções.
O filme se desenvolve num cenário do mais profundo romantismo, seja pelas tentativas frustradas de Beethoven em viver seu grande amor, seja no ensino e vivência da música, onde o que importa é a paixão com que se vive essa arte.
Em uma cena onde Beethoven está com sua aluna Julia Guicciard, condessa, após errar a execução de uma peça e notar que não estava sendo ouvida, a condessa tocou de forma rude as teclas do piano que fizeram com que Beethoven dissesse: “Um erro não é nada de mais... Mas o fato de batucar as notas sem a menor sensibilidade para seu significado, é