Resenha livro "Vésperas" de Adriana Lunardi

Resenha do livro Vésperas, de Adriana Lunardi
Vésperas, de Adriana Lunardi, é um livro que tem um enfoque um tanto quanto incomum se considerarmos aquele esteriótipo de sempre ter um final feliz. Apesar de ter uma temática quase corriqueiramente mórbida, tipica de alguns grandes autores como
Alan Poe, e uma forma de escrever no maior estilo de Clarice Lispector Adriana Lunardi vem trazendo sua forma própria de escrever e de criar uma história que prende o leitor de forma que ele não consiga "sossegar o facho" até que tenha terminado aquele conto, aquele capítulo.
O maior diferencial é escrever não a morte em si, mas os fatos que ocorrem antes da morte, sobretudo no dia anterior ao fato. A primeira história é praticamente verídica e é sobre a escritora britânica Virginia Woolf e conta suas mazelas até seu fim trágico. A segunda fala de Dorothy Parker, poetisa estadunidense. A terceira fala de Ana Cristina
César, que, à exemplo do primeiro conto retratado no livro também abreviou sua vida por próprios meios. A quarta história retrata o fim visto pela romancista francesa Colette. A história seguinte, ao contrário das anteriores, não trata do dia anterior à morte ou os instantes finais, pelo contrario, trata os dilemas de uma adolescente que vive as "turras" com o pai e decidiu ir até o tumulo de Clarice Lispector afim de lhe agradecer. A sexta história demonstra a visão toda peculiar de Kass, quase um pseudônimo da neozelandesa
Katherine Mansfield, de como tudo ao seu redor, com o passar do tempo, vai perecendo.
A história seguinte pertence à Sylvia Plath, romancista, poetisa e cronista estadunidense.
O próximo conto é inspirado na romancista nascida nos Estados Unidos Zelda Fitzgerald e o último tendo por base a autora paranaense Júlia da Costa, que, em fins de vida se apegou a manias de perseguição e pós-se a confeccionar painéis coloridos de cenas cotidianas visando escrever um romance que nunca se efetivou.
O livro, apesar de envolvente em