Resenha Livro Conflitos E Negocia Es Elaine
A intenção dos autores é identificar que os escravos não foram completamente vitima, m\as a depender da oportunidade procuravam criar circunstancias favoráveis para si para melhorar sua sobrevivência. Reis e Silva mostram o escravo como um negociante, alguém que através da relação senhor-escravo conseguia vantagens que competem a uma vida melhor e mais digna, pra alguém tão a mercê das margens da sociedade. Destaca-se ainda que esta relação rendeu vantagens para o senhor e também para o escravo, visto que ambos eram saciados de seus anseios. Como sabido a alforria poderia ser resultado de negociações entre as personagens, e o escravo poderia comprar sua liberdade, contudo não era a única forma de se tornar livre, as fugas também eram frequentes naquela época.
O autor cita vários exemplos, podemos apontar o do barão de Pati ou a fonte sobre o engenho de Santana de Ilhéus, e de como neste caso os escravos detinham o poder de falar suas necessidades e de pedir por mudanças de hábitos, já que reclamavam a respeito da má alimentação e recusavam-se a trabalhar mais de cinco horas por dia.
De acordo com o autor a escravidão não funcionou e se reproduziu baseada somente na força, mas através de uma combinação da violência com a negociação.
A ilusão de propriedade (A brecha camponesa) “um mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista. Se tratavam de “doações” de terras, permissões para plantar o que comiam; seria uma série de estratégias que fariam esse controle social na relação do senhor e do escravo; fazendo também com que o escravo amenizasse a imagem de seu senhor ou evitasse revoltas e fugas.
O autor menciona que a brecha camponesa distrai da escravidão e prende mais que uma vigilância feroz e dispendiosa o