resenha guanges de nova york

Aluno: Pedro Arthur Cholodoski Monteiro Torres
DRE: 114152412

O filme Gangues de Nova York, adaptado do livro homônimo de Herbert Asbury, retrata o processo de formação da cidade de Nova York durante o século XIX, durante a “invasão irlandesa” na cidade e após abolição da escravatura, num ritmo conservador de aceitação de ambas estas classes citadas por parte dos americanos “nativistas”, que já residem no país. A partir deste âmbito, é possível traçar impressões e opiniões sobre o processo de modernização da cidade de Nova York segundo os estudos de aula.
O filme se inicia com uma oração, seguida do jovem protagonista em um diálogo com seu pai. Eles conversam sobre a tradição de seu povo acerca do ato de fazer a barba; depois, um preparo de guerra com aspirações cristãs surge na tela, culminando num confronto com os “nativistas” que resultou em sua vitória. Com isso, houve o controle da região das Cinco Pontas, em NY, pelos mesmos. Este início do filme nos mostra o quanto há a necessidade de afirmar sua naturalidade e cultura por parte do povo americano, achando um pecado a intromissão e formação de poder de uma cultura externa a deles. Além disso, a conduta de resolução de problemas e conflitos por combate armado mostra sua relevância na época, evocando ainda a religião de cada um como a certa.
Anos depois, o personagem protagonista está livre do reformatório religioso (mais uma vez mostrando a imposição da religião “nativa” ao estrangeiro) e retorna à região de Cinco Pontas, agora tomada por uma pluralidade social e étnica muito mais intensa, visto o aumento do fluxo migratório. Contudo, ocorre enorme marginalização e subcategorização destes mesmos povos frente à opressão nativista, que os considera invasores, demonstrando forte xenofobia. Este cenário pode remeter à opinião de Benjamin que aparece em O discurso filosófico da modernidade, que diz que o futuro e a modernização não podem ser feitas sem olhar para o passado, trazendo do mesmo suas tradições