Resenha Formas Urbanas: A Dissolução da Quadra
Belas Artes e urbanismo no Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris. Em 1969 começa a lecionar na Escola de Arquitetura de Versalhes. Também é professor associada da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Panerai trabalha como urbanista no escritório Panerai & Associés e, simultaneamente, participa de projetos em escala metropolitana como membro do
Conselho Científico da Consulta de Paris. Em 1999, ganhou o prêmio nacional de urbanismo e, em 2001, a medelha de prata da Academia de Arquitetura.
Ele escreve Formas Urbanas: a dissolução da quadra num momento de questionamento dos princípios téoricos da cidade funcional, os urbanistas denunciavam as exclusões geradas pelos danos da política de renovação que derrubava tudo abaixo.
Na época, urbanismo era discutido a partir do plano diretor, do plano de massas e dos eixos de crescimento, sem se pautar em momento algum em qualquer projeto de espaço. Panerai utiliza do método morfológico para escrever sua obra, passando pelos fragmentos multifacetados da cidade ao tecido urbano.
No livro o autor faz um estudo da morfologia urbana do século XX, analisando a relação edifício/quadra/cidade. Ele faz uma revisão de intervenções urbanísticas, trazendo cinco situações problema que mostram com clareza uma sucessão de mudanças que levam a completa decomposição do tecido urbano.
O primeiro exemplo que o livro traz é a Paris de Haussmann (1853-1882). Após um período de crescimento constante de produção e renda, Haussmann assume a prefeitura de Paris com um projeto de governo que visa o controle da economia através da promoção de grandes empreendimentos.
A cidade de Haussmann é formada por eixos, praças marcadas por monumentos e equipada. Uma das principais intervenções são as aberturas na malha urbana que fazem a conexão visual entre os monumentos. Arborizadas e com fachadas com uma rigorosa unidade formal, as ruas e