Resenha :FIORIN, J. L. Afinal, pra que servem as letras? MOSAICO, São José do Rio Preto, v.3, n.1, p.13-29, 2004
FIORIN, J. L. Afinal, pra que servem as letras? MOSAICO, São José do Rio Preto, v.3, n.1, p.13-29, 2004
Dayane Carvalho
Suzana Castro
Flávia Maria Ap. de Oliveira 2189
Adriana da Silva Marques 49
No texto “Afinal, para que servem as letras?”, José Luiz Fiorin expõe de maneira clara a importância das palavras e a sua função, abordando a linguagem como (i) uma forma de perceber o mundo, (ii) interpretar a realidade, (iii) uma forma de ação, (iv) de comunicação, (v) de criar realidade, (vi) lugar de prazer, fala sobre a (vii) onipresença da linguagem e explica a (viii) importância do curso de Letras.
Com um vasto currículo e doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1983), o autor mostra a importância da linguagem verbal, de nomear as coisas, e que sem as palavras seria impossível distinguir as coisas ao seu redor. Dessa forma, Fiorin afirma que as coisas só fazem sentido para os homens desde que tenham nomes para identificá-las.
Fiorin mostra que até os dias atuais não foi inventada uma melhor forma de comunicação do que a linguagem, seja ela falada ou escrita. O autor exemplifica, com um trecho do livro Viagens de Gulliver, uma forma falha de comunicação entre pessoas, onde o interlocutor, para se comunicar, deveria ter em mãos o objeto ao qual estava se referindo. Essa seria uma maneira de comunicação universal, mas que não funcionaria na realidade já que a pessoa que fosse falar muito precisaria levar consigo uma enorme porção de objetos. Além disso, nem todas as palavras podem ser exemplificadas por objetos, tais como sentimentos, classes de palavras, ações. Com esse exemplo o autor não somente mostra a importância da linguagem, mas também critica de forma bem humorada aqueles que acreditam que as palavras são desnecessárias.
De acordo com o autor, a linguagem ainda modela a forma de a pessoa perceber e ordenar a realidade. Como os diversos idiomas se desenvolveram de maneiras distintas, às vezes as traduções podem ser