Resenha Filme escritores da liberdade
Não é bem assim que enxergam os jovens americanos nos subúrbios de Long Beach nos primeiros anos deste século. Segregados por raça e cor, são o sonho às avessas de Martin Luther King. Herdeiros de todas as formas de violência após o levante ocorrido em Los Angeles em 1992, após a prisão de Rodney King, os jovens estudantes da Woodrow Wilson High School não têm a angustia que se espera de todos os jovens de sua faixa etária. As suas angustias não esbarram só no ato de crescer, vão além, e nos revelam que a realidade, assustadora, é sobreviver.
Porém, neste cenário adverso, havia uma ponta de esperança com a chegada da professora, idealista, Erin Gruwell.
Recém-chegada na escola, Erin é recepcionada com total indiferença. Encontra desconfiança, agressões que fazem com que o primeiro encontro seja frustrante.
Para superar a resistência inicial da turma, adota uma metodologia que se aproxima da realidade vivida por seus alunos. Utiliza o hip-hop e o jogo da linha para se aproximar dos jovens.
Acostumados a não serem respeitados, aliado ao fato de alguns serem egressos de programas de recuperação juvenil, os alunos da sala 203 eram tratados como problemáticos pela direção da escola.
Determinada a virar o jogo, Erin, resolve mergulhar no universo particular de cada aluno. E uma vez imersa num mundo rodeado de violência, consegue extrair elementos que faz com que seus alunos reflitam sobre violência gerar mais violência.
A professora Gruwell faz um paralelo entre a violência das gangues de Long Beach com o regime fascista adotado por Adolf Hitler.
Os alunos da sala 203 conhecem Anne Frank e todo o seu martírio através do seu livro-diário.
Sensibilizados, os alunos são convencidos a também manterem um diário, que funciona como válvula de escape para estes e, como ponte para a professora Erin