Resenha dos textos “TEATRO COMO CATEQUESE” E “PANORAMA CONTEMPORÂNEO” da obra “PANORAMA DO TEATRO BRASILEIRO”, de Sábato Magaldi, Globo Editora. São Paulo, 1997.

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Resenha dos textos “TEATRO COMO CATEQUESE” E “PANORAMA CONTEMPORÂNEO” da obra “PANORAMA DO TEATRO BRASILEIRO”, de Sábato Magaldi, Globo Editora. São Paulo, 1997.

Sábato Magaldi começa analisando o significado ideológico e narrativo do teatro de catequese religiosa realizado por Anchieta. A partir daí, detém-se no estudo dos nomes mais expressivos dos mais diferentes instantes do teatro brasileiro, examinando alguns dos textos mais reveladores desta imensa pluralidade de estilos e propósitos, estudando cada personalidade literária em relação a seu contexto histórico. E com exímia análise percorre toda a história do teatro brasileiro, que se dá início com as primeiras manifestações cênicas no Brasil: as obras jesuíticas.
O maior nome dessa produção artística foi o jesuíta José de Anchieta, com o objetivo de catequizar os índios brasileiros utilizava recursos teatrais (teatro didático religioso) em suas prédicas católicas a fim de inserir a nova religião no contexto religioso dos gentios da colônia portuguesa no século XVI. As obras jesuíticas caracterizavam-se por forma de autos medievais, e Anchieta usava o modelo teatral como intervenção na vida pagã dos indígenas, até para que o caráter catequético e pedagógico indicasse que mediante a subserviência celestial a alma do homem pudesse livrar-se dos demônios da terra. Portanto, a crise cultural e religiosa dos nativos habitantes das aldeias foi forçosamente criada pela pujante supremacia da religiosidade cristã. “Acresce que os índios eram sensíveis à música e à dança, e a mistura das várias artes atuava sobre o espectador com vigoroso impacto. A missão catequética dos autos se cumpria facilmente.” (MAGALDI, 1997, p. 16).
Um vazio de produção artística ocorreu do século XVII até a metade do século XVIII, como resultado do envolvimento do país com a colonização e batalhas por território. A produção artística brasileira começou a evoluir no século XVII, e era perceptível sua pluralidade nas artes

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